1. Definição do tema
Escolha do tema que
será o fio condutor do projeto: folclore, ecologia, trabalho, higiene pessoal,
algum tema transversal, algum fato da atualidade, alguma personalidade
etc.
O tema é escolhido
pelo professor, tendo em vista os objetivos didáticos e os conteúdos a serem
trabalhados. Isso não impede que os alunos tenham participação ativa, pois
precisam estar interessados em desenvolver o projeto proposto e devem colaborar
no planejamento e decisões subseqüentes.
2. Necessidade
É essencial que o
professor conheça a fundo as necessidades de aprendizagem de seus alunos para
chegar a uma definição de porque trabalhar este ou aquele tema. Essa etapa
refere-se às razões que justificam o objetivo e o próprio conteúdo que estará
sendo trabalhado. Refere-se aos antecedentes, causas e importância da
situação que motivou o projeto.
É conveniente
levantar os benefícios e vantagens que derivam da proposta, bem como suas
desvantagens e limitações.
3. Objetivos
O que se pretende
alcançar com o conjunto de atividades que constituem o projeto e como o tema se
liga ao programa curricular. É necessário que o professor defina claramente as
competências que espera que os alunos desenvolvam e os conhecimentos que
permitirão essa conquista. Os objetivos subjacentes ao projeto determinam o
tipo, a quantidade e o nível de informação a ser priorizado.
Compete ao
professor garantir a fluência de todo o processo, favorecendo a emergência de
um clima de colaboração, integração e respeito entre as equipes. Além disso,
cabe-lhe perceber se a equipe está madura o suficiente para tomar decisões
autônomas ou se necessita de seu monitoramento.
4. Abrangência
Definição das
matérias e conteúdo que estarão envolvidos no projeto, que pode ser ou não
interdisciplinar.
5. Metodologia
Definição de como
cada professor irá trabalhar o tema em sua disciplina. No caso de um projeto
interdisciplinar, é conveniente que essa decisão seja compartilhada pela equipe
de professores e que alguns combinados fiquem estabelecidos para que haja
integração e harmonia de atitudes. Especificação das principais atividades a
serem realizadas, tais como entrevistas, visitas a museus, desenhos de
observação, leitura de textos e imagens.
6. Cronograma
Definição de datas
de leitura do livro paradidático, trabalho de campo, pesquisas, provas ou
outros métodos de
avaliação.
É conveniente que
os alunos aprendam a elaborar um cronograma com objetivos parciais a serem
atingidos e que conduzam ao objetivo final.
7. Recursos
Levantamento dos
recursos materiais requeridos para levar avante o projeto, em especial, os
fundos necessários. Qual será o custo do projeto para a escola? Relação dos
equipamentos, instalações, maquinaria, veículos etc.
Levantamento dos
recursos humanos necessários, como por exemplo um analista, um redator etc.
Aqui entram palestrantes, guias para trabalhos de campo e outros.
Deve-se mencionar
também se as pessoas solicitadas são por tempo integral ou parcial, assim como
os serviços de apoio administrativo, técnico, legal, financeiro etc. É
importante que se registre com clareza o nome do(s) responsável(s) pelo
projeto.
8. Introdução do projeto
Momento em que o
professor, aproveitando-se de uma dúvida, desejo, problema ou curiosidade dos
alunos, introduz as idéia do projeto, salientando a importância do trabalho
coletivo. Momento em que motiva as crianças, desafiando-as a buscarem soluções
para os problemas emergentes, concretos e significativos para os alunos, sejam
eles resultantes de velhas ou de novas questões.
9. Desenvolvimento
Partindo de
situações concretas e contextualizadas que interessem aos alunos, há que se
discutir e planejar as estratégias, bem como distribuir tarefas e
responsabilidades. Esta é a etapa da formação dos grupos, realização dos
trabalhos de campo, reuniões e discussão do formato das apresentações.
É o momento em que
realmente se aprende por meio do levantamento de dúvidas, da busca e seleção
das informações, do fazer, do convívio e das trocas, das negociações e tomadas
de decisão.
É fundamental que
o professor compartilhe com as crianças, de uma aprendizagem com sentido. Os
alunos devem ter a oportunidade de imaginar uma ação, traçar um plano para
concretizá-la em um certo período de tempo e desenvolver o planejado,
controlando as variáveis do processo até a consecução da meta.
É importante que
haja um registro do projeto, quer por meio de fotos, filmagens ou registros
escritos.
10. Avaliação
O ideal é
aproveitar a própria situação de aprendizagem para se proceder à avaliação. O
melhor é não criar situações artificiais, mas é possível verificar o nível do
conhecimento atingido por meio da realização de avaliações formais
(provas) ou de peças teatrais, produções audiovisuais e trabalhos que
devem ser apresentados por grupos de alunos. É importante que a avaliação se dê
no início, durante o desenvolvimento dos trabalhos (pela análise dos objetivos
parciais, corrigindo os erros resultantes do planejamento ou do próprio
processo) e no final do projeto. A avaliação pode também ser realizada
individualmente para que o aluno tenha um retorno de sua evolução durante o
processo
11. Auto-avaliação
Alunos,
professores e supervisores de ensino analisam os pontos positivos e negativos
da experiência, sugerindo mudanças e repensando temas, metodologia, provas
etc.
O sucesso de um
projeto está na razão direta do índice de aprendizagem alcançado pelo grupo nas
situações vividas, quer em relação aos procedimentos, às informações e
conhecimentos, às atitudes e valores.