quarta-feira, 19 de junho de 2013

Projeto Interdisciplinar - uma necessidade urgente nas escolas

1. Definição do tema
Escolha do tema que será o fio condutor do projeto: folclore, ecologia, trabalho, higiene pessoal, algum tema transversal, algum fato da atualidade, alguma personalidade etc. 
O tema é escolhido pelo professor, tendo em vista os objetivos didáticos e os conteúdos a serem trabalhados. Isso não impede que os alunos tenham participação ativa, pois precisam estar interessados em desenvolver o projeto proposto e devem colaborar no planejamento e decisões subseqüentes.

2. Necessidade
É essencial que o professor conheça a fundo as necessidades de aprendizagem de seus alunos para chegar a uma definição de porque trabalhar este ou aquele tema. Essa etapa refere-se às razões que justificam o objetivo e o próprio conteúdo que estará sendo trabalhado.  Refere-se aos antecedentes, causas e importância da situação que motivou o projeto.
É conveniente levantar os benefícios e vantagens que derivam da proposta, bem como suas desvantagens e limitações. 

3. Objetivos
O que se pretende alcançar com o conjunto de atividades que constituem o projeto e como o tema se liga ao programa curricular. É necessário que o professor defina claramente as competências que espera que os alunos desenvolvam e os conhecimentos que permitirão essa conquista. Os objetivos subjacentes ao projeto determinam o tipo, a quantidade e o nível de informação a ser priorizado. 
Compete ao professor garantir a fluência de todo o processo, favorecendo a emergência de um clima de colaboração, integração e respeito entre as equipes. Além disso, cabe-lhe perceber se a equipe está madura o suficiente para tomar decisões autônomas ou se necessita de seu  monitoramento. 
4. Abrangência
Definição das matérias e conteúdo que estarão envolvidos no projeto, que pode ser ou não interdisciplinar. 
5. Metodologia
Definição de como cada professor irá trabalhar o tema em sua disciplina. No caso de um projeto interdisciplinar, é conveniente que essa decisão seja compartilhada pela equipe de professores e que alguns combinados fiquem estabelecidos para que haja integração e harmonia de atitudes. Especificação das principais atividades a serem realizadas, tais como entrevistas, visitas a museus, desenhos de observação, leitura de textos e imagens.
6. Cronograma
Definição de datas de leitura do livro paradidático, trabalho de campo, pesquisas, provas ou outros métodos  de avaliação. 
É conveniente que os alunos aprendam a elaborar um cronograma com objetivos parciais a serem atingidos e que conduzam ao objetivo final. 
7. Recursos
Levantamento dos recursos materiais requeridos para levar avante o projeto, em especial, os fundos necessários. Qual será o custo do projeto para a escola? Relação dos equipamentos, instalações, maquinaria, veículos etc.
Levantamento dos recursos humanos necessários, como por exemplo um analista, um redator etc. Aqui entram palestrantes, guias para trabalhos de campo e outros.
Deve-se mencionar também se as pessoas solicitadas são por tempo integral ou parcial, assim como os serviços de apoio administrativo, técnico, legal, financeiro etc. É importante que se registre com clareza o nome do(s) responsável(s) pelo projeto.
8. Introdução do projeto
Momento em que o professor, aproveitando-se de uma dúvida, desejo, problema ou curiosidade dos alunos, introduz as idéia do projeto, salientando a importância do trabalho coletivo. Momento em que motiva as crianças, desafiando-as a buscarem soluções para os problemas emergentes, concretos e significativos para os alunos, sejam eles resultantes de velhas ou de novas questões. 
9. Desenvolvimento
Partindo de situações concretas e contextualizadas que interessem aos alunos, há que se discutir e planejar as estratégias, bem como distribuir tarefas e responsabilidades. Esta é a etapa da formação dos grupos, realização dos trabalhos de campo, reuniões e discussão do formato das apresentações. 
É o momento em que realmente se aprende por meio do levantamento de dúvidas, da busca e seleção das informações, do fazer, do convívio e das trocas, das negociações e tomadas de decisão. 
É fundamental que o professor compartilhe com as crianças, de uma aprendizagem com sentido. Os alunos devem ter a oportunidade de imaginar uma ação, traçar um plano para concretizá-la em um certo período de tempo e desenvolver o planejado, controlando as variáveis do processo até a consecução da meta. 
É importante que haja um registro do projeto, quer por meio de fotos, filmagens ou registros escritos.
10. Avaliação
O ideal é aproveitar a própria situação de aprendizagem para se proceder à avaliação. O melhor é não criar situações artificiais, mas é possível verificar o nível do conhecimento atingido por meio da realização de avaliações formais (provas)  ou de peças teatrais, produções audiovisuais e trabalhos que devem ser apresentados por grupos de alunos. É importante que a avaliação se dê no início, durante o desenvolvimento dos trabalhos (pela análise dos objetivos parciais, corrigindo os erros resultantes do planejamento ou do próprio processo) e no final do projeto. A avaliação pode também ser realizada individualmente para que o aluno tenha um retorno de sua evolução durante o processo
11. Auto-avaliação
Alunos, professores e supervisores de ensino analisam os pontos positivos e negativos da experiência, sugerindo mudanças e repensando temas, metodologia, provas etc. 

O sucesso de um projeto está na razão direta do índice de aprendizagem alcançado pelo grupo nas situações vividas, quer em relação aos procedimentos, às informações e conhecimentos, às atitudes e valores. 

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